Nespereiras, o meu encanto...Entendo mal todo o pomar,Nespereiras do meu encanto,Folhas pregadas a um tronco,Firmes, sossegadas, nenhumaSe destaca, o meu pensar nãoTambém, fez-me "Soba" o circularSono e as folhas tapam o soloNu, postiça a sensação de paz,Remota a glória que me coroa nãoE às vespas douradas pretas,Entendo mal o sacro pomar só,Faz-me falta o ar liso, a vigíliaMorro sem razão concreta, aparenteOu epidémica, pregado ao tronco,Decorativo, sossegado, perpétuoNespereiras do meu encantoQue despidas nunca pude admirarEscuta-as débil o ouvido meuE é só...Entendo mal o pomar todoDe perto poderiam representarUm sentido oculto antigo queEu quero sentir, mas não,Nespereiras do meu encanto,Folhas pregadas ao troncoImpedidas de abalar do mundoAssim eu, humano rude, manco, feio,Nespereiras do meu encanto,Nêsperas, o meu canto...Joel Matos (09/2017)
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