quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Como se fosse eu, do céu, seu dono.



Tenho pressentimentos tais que, se pudessem vê-los,
Acresceriam numa dimensão mais o caos imundo,
Como se fossem bruxedos banidos ou ogres velhos,
Saltitando p'ra fora de barrancos e do lodo.

Tenho pensamentos de sombras, sinas e sinais
Tais como aqueles que deram aparência de escuridão a Fobos
E tal como éter, entram e saem p’las narinas
Sem que possamos vê-los, mas senti-mo-los

Nas veias e nas fossas nasais, intensos, desliais…
Tenho pensamentos que não posso partilhar
Com os demais, por serem vagos como o medo nos umbrais.

Tenho pensamentos verbais, que se pudesse lê-los,
Alteraria sonho em pesadelo, fé em simples credo,
Com a sua horrorosa procissão de sapos,
Saltando pra’ fora das covas do feudal degredo.

Tenho pensamentos tão desusuais e inumanos,
Tais como aqueles que deram vida aos Elfos
E, como éter, entram e saem pelas narinas,
Sem que possamos vê-los…mas senti-mo-los,

Nas veias e nas fossas nasais, violentos, irreais…
Tenho pensamentos infernais mas invejo nos anjos, os pássaros,
Com as suas paisagens naturais, terrenas, acariciando-lhes
As asas, o dorso como se fossem dos céus, seus donos…

Joel Matos (12/2012)
http://namastibetpoems.blogspot.com

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Tenho um conto original p'ra contar...


Tenho um conto original
Para contar
Nem bem nem mal,
Sem muito alterar

Acaba no fim,
A originalidade que tinha,
No início 
Da primeira linha,

Depois, sempre em tom igual,
Conto sobretudo,
A alma alheia, da qual
Duvido, mas D’ouvido

Me soe mais suave.
Não desejo a eternidade,
Pois de nada me serve,
Ou ajude,

Conto o amor,
Quando o calo,
O desamor,
Quando o falo,

O oportuno quando desminto
O engano, aos crédulos,
A um quórum injusto
E a mais uns poucos sujeitos…

Joel Matos (21/12/2012)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Hades, rei do mundo escuro.


Ouço a esfinge murmurar por dentro,
E furar-me com o olhar cravado,
Por me não poder seguir andando,
Ainda tive vontade de fechar o livro,

Mas um adúltero e mau presságio   
Sugere que dentro, antes eu me feche,
Tal e qual um jogo de esconde e foge
Em que me disfarço d’enigma e mistério.

Ouço a esfinge murmurar por dentro, 
Não creio que seja d’alegria,
Pois soa mais a um triste choro,
Vindo d’alguma fóssil alquimia

Ou silvo de serpente que fascina,
E me convida a migrar pro além.

Hieróglifos Indecifráveis como a sina
Alinham-se em galerias d’aragem

E ouço a esfinge murmurar por dentro
Do passado, no fundo e místico templo
Soando como prenúncio, dum futuro
E malévolo Deus do crepúsculo...

Joel Matos (12/2012)

O meu parceiro "O Positivo"



Deixei ficar pra trás o coração e morro devagar,
Como tem de ser; e o que distingue afinal
Um devoto, dum vulgar ramo á deriva num mar,
Pressuposto lar, pra uns; pr’ós outros insonso-sal,

Não é que, ao crepúsculo, eu seja desapaixonado,
Nem ao mar, nem ao dourado das folhas no outono,
Mas vejo-as como se fosse prefácio do meu sonhando,
Sem ter uma ideia separada, para o que é corpo e alma.

Sei que as coisas não são senão coisas com coisas dentro
E comigo passa-se o mesmo, desembrulho
Ideias como se fossem cebolas, com cebolinhas de dentro,
E existir passou a significar tão só, escritos dum embrulho,

Qual quando molhado, esbranquiça e se dissolve.
Sou causa ex-tinta e convenço-me que já não existo
Por ter esbanjado o que o tempo e o espaço serve,
De graça como se vivesse num quarto de beirado.

Cada dia acordo com a visão do que parece um nada-vivo,
Depois debato-me até ao final do dia e acrescento na certeza
O pretender viver, uma espécie de vida de longo prazo,
Tendo no peito e ao vivo, um paradoxal parceiro, “O positivo”.


Joel Matos (12/2012)
http;//namastibetpoems.blogspot.com

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

E já nem certo sou... do meu pensamento


E já nem certo
É, o que inconsciente, eu vejo
Quanto mais o visível,
Se o nem conheço,

E se o avistasse,
Não poderia falar
Dele, esse elucido e vão
Dom, quem sabe todavia,

Se o dou, por não me pertencer,
Se o possuo, mas sem saber,
Ou se o tenho e não o entendo
E se o reconheço em mim, não o tendo.

Penso que, assim inconsciente,
Não o esquecerei, se nem o avisto
Tampouco e se me demoro a pensar
Que o mereço... nem o escuto,

Ou o que ele diz, e bem
E eu mal julgo ouvir,
Mas apenas se me convém,
E se não for muito profundo.

O pensamento…
Por um momento escuto-o,
Mas resisto, a ir
Na corrente

D’água viva,
Debato-me na razão,  
Entre o que é o eu,
Do quem eu sou,

E do que é o nada,

Se pudesse,
Seria apenas,
Como outros o são,
Pensando menos,

Em vão…

Joel Matos (2012/12)

sábado, 1 de dezembro de 2012

A casa dos sonhos.


O que sinto que sonho e sinto sendo,
Sinto-o como tendo um corredor humano
Mas Imaginário, d'habitação. Aprendi a fingir cedo,
Quando ainda não contemplava o desatino

Como arte e me deixava seduzir a escreveres
Vulgares. Tornei-me apartado do corpo,
Embora de "design" simples,
Por vezes exprimo um prazer despregado,

Supondo que penso e supostamente sinto,
Porém revisto-me de rodilhos
E mendigo por um sentido absoluto,
Avassalado de sintagmas verbais abstratos.

Como se a língua minha fosse vassala
Do que desconhece e d’onde nada vem.
Por vezes, nem bom aluno sou…dela,
Nem sei quantas salas inda mais, o sonho tem.

Joel Matos (12/2012)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Sei que um demente não pode ser levado a sério...


Sei o que um demente melhor fazer sabe
No papel homónimo do subúrbio meu,
Periodicamente ausento-me, sem saber;
O que pode nem ser totalmente mau.

Sei de um hiato enorme, convenço-me
Que é escrita, essa linguagem complexa,
Entre a veleidade e o não sei quê, que me consome,
Como um ar doentio que me atravessa.

Convenço-me de que tudo faço sem estar presente,
…Apenas contemplo de longe
E parece fazer sentido, embora triste
Na alquimia que se revela e emerge,

Não na emoção, mas no meu espirito intranquilo.
Sei também de um secreto presságio,
A que não sou alheio, mas dele nem falo,
Só eu sei o medo que tenho de não ser levado a sério,

Pois o que um demente melhor sabe fazer de ruim,
É mentir  e ser coroado Rei frente ao cenário de um império
Terminado ou na beira do fim.

Joel Matos (11/2012)  

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Deus, que é feito de ti...



Deus, que é feito de ti,
Se é que existes ou me ignoras,
Pois quando dou por mim,
Olhando o céu, sem estrelas,

Sinto um total desalento,
Que não é( nem pode ser) humano
E aí me sinto tonto,
Amargo e insano,

Procuro e não te encontro,
Fantasma hediondo ou monstro
Diz-me, que é feito de ti,
Mago, Magano ou batoteiro,

A alma a que me prendeste,
Tresanda a peste e fel,
Faz-me sentir repugnante,
Gane como um perro fiel,

Presa na trela do eterno senhor.
Deus, que é feito de ti,
Diz-me por favor se este horror
Que sinto é só por não me achar, nem a ti,

Ou é uma partida do Demo, de mau gosto,
Do ermo, da infinita negação,
Horror de desconhecer teu rosto,
Horror de não ter o teu perdão,

Deus, que é feito de ti,
Que tão frio e fundo é o vazio
E o ódio que me corrói assim,
Deus, que é feito de ti…

Joel matos (11/2012)

sábado, 17 de novembro de 2012

Pleno de Sonhos...





Do plano geral da minha vida,
Excluí a clareza e embocei-me de símbolos
Que sei claramente não dizerem nada,
Como quartos de luas, frios e brancos…

No plano geral da minha vida,
Tornei em erro crasso,                                                             
A simples razão de dívida,
Entre a noção de abuso,

Que tenho d’alma e d’outros,
E as alegrias que cobram,
Minha boca, olhos e ouvidos,
E que, por falta de quorun logo sessam.

No plano geral da minha vida,
Previ que, se alguém me abanasse,
Dizendo: - (Acorda...acorda…
Que desperto nada de mal te acontece.)

Ai…Aí eu continuaria dormindo,
“O bom dormir” por não recear no escuro,
Todos os sonhos desse lado do mundo,
Que sendo dia claro, ignoro

E se desvanecem as infinitas visões
Onde me sinto absoluto e todo…
Em toda a vida que eu vivi, de ímpetos
E paixões, não houve um só instante acordado,

Em que ouvisse um bater do coração tão genuíno,
Como o sopro do vento lento no cortinado,
(Diapasão baloiçado do céu que imagino.)
…Enquanto estou dormindo…

Do plano geral da minha vida,
Saliento o desapego, como sentimento
Distinto e aceso, translúcido como a seda,
Ou a aragem no meu pensamento.

E ainda parece o sonho ter um maior plano,
O de poder algum dia, eu ser todo um outro…

Joel matos (11/2012) 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Lágrimas de Fedra


Choro lágrimas de Pedra por não ter fé no destino…





Eu sou aquele que tem destinos soltos,
Todos me tocam apenas de passagem,
Alguns têm emoções, cósmicos silêncios ou sussurram gritos
Mas nem partilham totalmente da minha viajem

Ou da mesma vertical cidade.
Mas mesmo assim deixam saudade,
E um edital fixado na porta
Anunciando a data da provável volta,

(Como se eu ainda estivesse por perto)
Imagino que os vou regurgitando da minha cava boca
Por me supor morto
(Ou apenas pense que não estou por cá.)

Antes de partirem dão uma última volta
E vejo-os fingir que me esqueceram já,
Partem para uma causa justa,
Abandonam o peso do arcaico eu mais ruim que há,

Deixam um autografo pregada na porta,
Perguntam se quero que voltem,
Na dita morada que tinha como certa
Ou que se quedem por outra vã paragem.

Estará sendo insincera a minha alma indigente,
Se não disser que choro lagrimas de Fedra.
Assim como outro qualquer na barca dum Caronte
Ou com um destino tão perturbado como “Frida”,

O mais certo será nenhum destes excelsos destinos ter
Nem a fé d’eles mesmo... oriunda das regiões antípodes…


Joel Matos (11/2012)
http;//namastibetpoems.blogspot.com


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Não paro, não escolho... e não leio.




Tenho um xis que me trai o pensamento
E que me trás vedado por fora mas não por dentro
“O mais certo é o bezerro ser de ouro e exótica a alma”
Estranha ilusão assim... E que parodia sou"d’Esopo"

Que dói até a quem me dou, se me choro é porqu’sal
‘Inda se desprende d’est’alma e ignora que morro.
-Sou misto do que desejava mais ser e daquele
Meu corpo de fora, rodeando um tal’outro

Defunto, mais intrínseco, não (tão) real
Como a face que vi ao espelho (copia d’cripta sem brilho.)
-Nasceu de uma vontade curta e lateral
No olhar nervoso desta amanhã, sem aparente explicação

-Define como sendo charneca seca o meu domínio,
É ela que despovoo e depois lugar onde desembainho o coração
E é aí que me dou, no horto que me dói em vão.
No meu repto vem escrito bem explicito esse duro vazio

Declarado ao vento: - ainda pensei ser rei
Do leste, dos esquilos saltitando e dos sonhos que sonhei.
-Semeei-os nessa desvairada extensão
Entre o brilho do céu e os termos que permito

E dentro deste meu coração “caracol de ermita”,
(Como se de emoção em tomos e camadas fosse ele feito)
A frase do meu epitáfio será a ausência desta,
Ou a versão mínima de certo actor distinto

“Não ter opinião é existir. Ter todas as opiniões é ser poeta.”
Portanto não paro, não escuto e não escolho
E…se escrevo, não leio…








Joel Matos (10/2112)









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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Diáfana Profissão...





Detesto esta Diáfana vocação:

Onde jamais alguém me pede que escreva um poema,
De modo que apenas o auto-arbítrio me condiciona a vontade,
Acontece por vezes evocá-la dentro de mim e ela me chama,
Como um rito que retoma uma velha e ignota irmandade.

Entranho depois a forma como cada frase soa e aí a deformo e mudo,
Brinco com as palavras, depois imito outros sons um pouco ao acaso,
Como por engano e por isso deixo sempre um diáfano véu suspendido
Sobre este mundo que tanto tem de meu como tresanda a falso.

E se ainda me convenço que é meu tanto que digo e escrevo
É porque não mereço a alta luz nem os louros duma só noite de estrelas,
Melhor seria espreitá-las por entre esgalhos e continuar com’outro qualquer cervo
Que ser avaro crente de que só poderei ser gente s’alcançar alguma daquelas,

Bastando p'ra isso q’alguém não me considere simples borrão anódio.
Bem sei que deixa inconfundível rasto tod’a gente que tem dessa vocação (ou talento)
Mas não deixam de ser antónimos os termos infinito Tédio e ansiado Pódio
E se ninguém me pedir que escreva outro falso verso eu não protesto…

 Tenho pouca  (talvez má) fama nesta pretensa vocação que professo 
E é isso que eu  tanto lastimo como detesto...


Joel Matos (10/2012) 
http://namastibetpoems.blogspot.com 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Nem os olhos me lembram, o que eu quero ver...


Nem os olhos me lembram, o que quero eu ver,
Nem nos braços repouso do viver sem fundo, contudo
Se tudo não passa de um desejo escavado
No abandono desta forma concreta do meu ser,

Não será consagrado o dia em que morrer,
Nem o modo, nem o que de bom ou menos mal fizer,
No meio.  O mistério do céu nocturno sugere aconchego,
Por saber que isso é tão verdade, o nego.

Porque não quero acreditar em nada do que realmente vejo,
Não me serve de alívio ocupar ainda mais os sentidos,
Sinto por vezes que até os loucos ou cegos eu invejo,
Mas tal como os mastros somente se tornam úteis aos ventos,

Talvez tenha eu apenas o peso na Terra que me compete,
Se os olhos me lembram do que não posso ser,
Acaso ainda troque esta por outra vida menos torpe
Ainda que o engano seja a única parte íntegra… a meu ver.

Cedo deixou de ser incógnita a madrugada,
A nortada e o vento, são quem sou, inconstante …cada instante,
Dono de uma ilegítima alma dividida,  
Que não sabe se há-de ser, triste ou …contente.

Se nem os olhos me lembram o que quero eu ver,
A confissão da noite ou a convicção do dia…

Joel Matos (06/2012)

sexta-feira, 30 de março de 2012

Às outras coisas que de mim conheço...


O universo

Torceu-me os sentidos, como uma mó de moleiro
Destroça o trigo e a sua presença dentro de mim,
É impossível de expressar nas palavras que me lembro,
Ou que esqueci como uma coisa ruim.

Mas porque continuamos nós falando ainda
Se não há nada na linguagem nossa a precisar ser dita
Ou que não tenha sido por demais esquecida,
Sem nos dar mos disso, conta.

Vou confessar em pensamentos o que não disse
De voz viva ou em atentos silêncios,
Sentados num jardim parado como se ele esperasse
Que finalizemos esta conversar a dois.

Torceste-me os sentidos como uma mó de moleiro
E por isso jamais chegarei ao derradeiro verso
E por mais que não diga o silencio universal; prefiro-o
Às outras coisas que por aí conheço.


Joel Matos (03/2012)
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O ruído da rua...



Apesar d’as janelas estarem abertas de par em par,
Todo o ruído lá fora se diluiu, sumido no ar…
Uma criança que chorava breve, o cochichar das velhas
Sobre vidas que não as suas, a indefinição das ruas

Num refrão constante, com todos os sons e notas
Que chegavam aos meus ouvidos, como um respirar
De pautas musicais, escritas nos vitrais abertos,
Lembravam-me místicas visões e novas versões de credos,

Que o não eram, não deparava com magos nas vielas
Nem fadas, nem gnomos nesse mundo de mil celas,
Apenas janelas de imitação em magros corredores de cal,
Mas onde todos os sons soavam para mim de forma original,

Eles, como eu, não durámos para sempre,
Não escolhemos o vento que nos soprava
No ouvido o respirar do universo, como se fosse
Algo que se ouvisse (um pensamento, uma frase…)

Sussurro agora do vazio que tenho no fundo do coração,
Os sonhos que outros já sonharam nesta mesma mansão,
Apenas as surdas janelas continuam ainda abertas,
Mas as velhas da rua não passam , nem consigo mais ouvi-las…

Joel Matos (02/2012)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

D'aqui até ao fim é um pulo...


D'aqui até ao fim do mundo é um pulo…
Se eu disser que, na vida nada fiz, minto
Trago sempre comigo uma peça de pano
Que desdobro neste plano deserto

Quando paro, sendo raro é apenas para virar
De novo o caminho direito, (por vezes chato)                          
E acrescentar nele outro e outro ressalto
Pra quando salto, não vá este s’rasgar,

Porque d’aqui, até ao fundo é um mero salto,
Prefiro não pensar nisso, tampouco
Num vaso que nem parece caco, nem muito gasto.
Talvez sejam pensamentos de louco,

Mas a vida nunca me soube tanto a infinito
E seria melhor sentida, se não descresse do que sei,
E descrevesse umas linhas rectas nas curvas do meu desalento,
Com a serenidade que o meu espírito acresce,

Sobre a clareza, se acesa nem sei,
Nem esta m'engrandece...

Joel Matos (01/2012)

Pra lá do crepúsculo

Pra lá do crepúsculo Deixei de ser aquele que esperava, Pra ser outro’quele que s’perando Em espera se converteu, alternando Despojo com eng...