O universo
Torceu-me
os sentidos, como uma mó de moleiro
Destroça
o trigo e a sua presença dentro de mim,
É
impossível de expressar nas palavras que me lembro,
Ou
que esqueci como uma coisa ruim.
Mas
porque continuamos nós falando ainda
Se
não há nada na linguagem nossa a precisar ser dita
Ou
que não tenha sido por demais esquecida,
Sem
nos dar mos disso, conta.
Vou
confessar em pensamentos o que não disse
De
voz viva ou em atentos silêncios,
Sentados
num jardim parado como se ele esperasse
Que
finalizemos esta conversar a dois.
Torceste-me
os sentidos como uma mó de moleiro
E
por isso jamais chegarei ao derradeiro verso
E
por mais que não diga o silencio universal; prefiro-o
Às
outras coisas que por aí conheço.
Joel
Matos (03/2012)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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