Do plano geral da minha vida,
Excluí a clareza e embocei-me de símbolos
Que sei claramente não dizerem nada,
Como quartos de luas, frios e brancos…
No plano geral da minha vida,
Tornei em erro crasso,
A simples razão de dívida,
Entre a noção de abuso,
Que tenho d’alma e d’outros,
E as alegrias que cobram,
Minha boca, olhos e ouvidos,
E que, por falta de quorun logo sessam.
No plano geral da minha vida,
Previ que, se alguém me abanasse,
Dizendo: - (Acorda...acorda…
Que desperto nada de mal te acontece.)
Ai…Aí eu continuaria dormindo,
“O bom dormir” por não recear no escuro,
Todos os sonhos desse lado do mundo,
Que sendo dia claro, ignoro
E se desvanecem as infinitas visões
Onde me sinto absoluto e todo…
Em toda a vida que eu vivi, de ímpetos
E paixões, não houve um só instante acordado,
Em que ouvisse um bater do coração tão genuíno,
Como o sopro do vento lento no cortinado,
(Diapasão baloiçado do céu que imagino.)
…Enquanto estou dormindo…
Do plano geral da minha vida,
Saliento o desapego, como sentimento
Distinto e aceso, translúcido como a seda,
Ou a aragem no meu pensamento.
E ainda parece o sonho ter um maior plano,
O de poder algum dia, eu ser todo um outro…
Joel matos (11/2012)
Sem comentários:
Enviar um comentário