D'aqui
até ao fim do mundo é um pulo…
Se eu disser
que, na vida nada fiz, minto
Trago
sempre comigo uma peça de pano
Que desdobro
neste plano deserto
Quando paro,
sendo raro é apenas para virar
De novo o caminho direito, (por vezes chato)
E
acrescentar nele outro e outro ressalto
Pra
quando salto, não vá este s’rasgar,
Porque
d’aqui, até ao fundo é um mero salto,
Prefiro
não pensar nisso, tampouco
Num vaso
que nem parece caco, nem muito gasto.
Talvez
sejam pensamentos de louco,
Mas a
vida nunca me soube tanto a infinito
E seria
melhor sentida, se não descresse do que sei,
E descrevesse
umas linhas rectas nas curvas do meu desalento,
Com a serenidade
que o meu espírito acresce,
Sobre a clareza,
se acesa nem sei,
Nem esta
m'engrandece...
Joel
Matos (01/2012)