Deitado ao comprido,
Sinto a vida ao passar,
No passo que passando,
Passa entre ser e haver,
Assim achando, passo
Duma vida q’apenas passa
Por achar prazer, passo
S’ta vida por’achar,por’ser
Entre o que me pesa,
E o que pesa esta dor
Minha, antiga amarga.
Querer é perder-me,
Eu acho e sinto nela,
O desprezo, que o tem,
Sinto-o quando passa,
Bora não o veja passar,
Invejo-a com a raiva,
Que me rói a alma,
Arranha mais fundo,
Qu’tudo que é rombo,
O desprazer suposto,
Duma vida por sonhar.
Simulo-me profeta,
Deito-me ao comprido,
Noutros trilhos, coutos
Extintos, causa-morta.
Joel Matos 19 Novembro 20/25
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1 comentário:
Muito obrigado fico grato por me lerem
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