Há, de versos tantos,
Quanto estrelas no mar há,
Caminho por entre mar
E céu e esqueço quão
Presos ao chão sou eu
E os versos ainda mais
Fundo que em mim
Me pesam como pedras
Com pedras dentro,
Sendo de barro o barco
Os versos templos,
Tantos quanto no céu
Acreditava ser de luz
Os pontos, em ponto de
Cruz desenhados
Por alfaiates distantes,
Há versos tantos,
Quanto realidades várias,
Deixá-los ser verdade
Ou ponte, nome completo
Depende da vista
E do que é feita,
Porque uma coisa é o olhar,
Outra o alçapão do tecto,
A telha, se é de barro
Seco ou vã, aberta ao tempo
E à visita de qualquer
Um Deus,
Ou da albarda de um burro
Manco e sem alcunha
De égua ou pai-de-santo,
Há, de versos tantos,
Quanto nos astros, pintarmos
Horizontes e universos
Invulgares, orgásmicos,
Moleculares...
Joel Matos (01/2017)
http://joel-matos.blogspot.com
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