Sempre que desta falo,
Metade é dom do luar, a ilusão,
A outra, humana completa,
A fala, ela com que conto
Como e do que é feito o pensar,
Tal é o caso daqui e agora,
Os sentidos mais são sobra,
Atraiçoam a imaginação,
Como ind'agora ao sonhar
Sonhos múltiplos disto pintados
De fresco e framboesa citrinos,
Todos em tons de laranja,
Omiti infelizmente do luar o tom
Metade e o espírito deste conversa
Não expressa, o que deveras
Sinto na humana metade minha
Que resta, que fala sempre que
Falo e me detesta sempre que
Falo desta na voz que Deuses
M'emprestam e consentem em
Parte, a palavra pequena, pequenina,
Pequenininha, minha ...
Jorge Santos (02/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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