Coração de ninguém,
Mas ainda assim de
Alguém que no lugar
O tem, sem saber que tem
Um que é meu e pró que serve,
Talvez tenha eu um outro seu,
E pense não ter nenhum,
Embora não saiba o que é ter
O coração d'outrem dentro d'mim
Que não é do meu corpo, se o
Mesmo não sinto como
Meu, até na dor que
Outros têm e não eu,
No coração que não
É meu, é do mundo inteiro
Coração que a todos
Dei, todavia nem eu
Sei sentir como todos
Os outros que pensei
Nem coração terem,
Por isso dei o meu todo,
Ou quase todo, sem ter
De volta outro ou outros mais
Doridos que esses, doutros
Que não possuo mais
No peito meu, tão morto,
Tão curto, estreito e gasto...
Joel Matos (01/2017)
http://joel-matos.blogspot.com
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