Em que tons tinges a tua blusa
Se te perguntarem os tons que tens nas vestes
Não respondas, por favor não o faças,despe-te,
Se te perguntarem porque escreves nas paredes
Não respondas, fecha a boca, por favor que o faças,
A menos que te saiam da boca súbitas pombas,
Que denunciem pla cor das asas em tons
Mil de matizes e nessas crenças prolonguem o arco-íris
Ao baterem umas de encontro às outras todas,
São sinal do presságio e denunciam o que de belo
Tu pensas, pra ti será tarde demais, nem que
Fujas e te escondas hão-de encontrar-te,
Mesmo nesse canto da dispensa que sabes
Só tu e não contaste a ninguém, nem mesmo
A mim, que sou a tua consciência e propósito
Se te questionarem a propósito dos dons que tens,
Que usas, não respondas, por favor não o faças,
As maldições só a nós mesmos dizem respeito,
A despropósito de saírem pombas pela fala,
São ultraje e ofensa pr'os que não percebem
A voz do Deus das cores com a áurea que é nossa,
Só nossa e deles, deuses da diferença em tantas,
Todas as nuas cores tuas...
http://joel-matos.blogspot.com
Joel Matos (04/2017)
1 comentário:
Gostei muito. Sim, ás vezes é melhor ficar calado, mas há coisas nos nossos pensamentos, no nosso coração e na nossa alma que devem ser partilhadas; é uma das razões para que se vive em família.
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