Importa-me pouco,
De quem são, a inocência,
A coerência e a grandeza,
Se da fonte baldia,
Ou do reino abismo,
No fundo oceano,
Onde a incoerência se lava
E a inocência me levou,
Da poesia a beleza;
(Digna de seu nome)
Mais me Importa,
Com o prazer intenso,
(sútil ao-de-leve)
Em valer sempre a pena,
Enterrar num poema, a dor
(que por vezes nem sinto)
(que por vezes nem sinto)
Ela mesma, inintitulada
E despropositada,
Mesmo que a fingir
Mas i’nda assim consciente,
Do meu sonho acordado
A linha é fina
Entre o que sou
E ao que sôo
De genuíno, por engano
(Digo eu, ,em minha defesa)
Ou Será que talvez
Não seja eu quem eu vejo
E sinta nesta leveza
Imensa.
Importa-me pois sim,
Do caos e da iniquidade,
Se d’esta alma vazia,
Não vêm senão pesadelos,
Dessa abissal Dimensão.
(E não da fonte digna)
Joel Matos (10/2010)