sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Doze







Doze

-Doze nós, tem uma figueira
Ao medir-se dentro de nós, em vidas
Que a gente tem e não sabe explicar,
-Doze é a distância do braço ao pego,
Iguais de uma à última cadeira,
De ponta a ponta da imensa mesa.
-Doze, os carvalhos de uma clareira,
Todos leais, à sua maneira monarcas
(Todos iguais, Todos Deuses)
Prodígios nós, os meses den’par
E a esperança dela voltar, a paz 
As doze badaladas, a melodia,
-Dentro de nós, temos uma figueira,
Ramo a ramo, cada um mais alto,
Aí eu me deito e penso,
Quão doce o horizonte é, ouso
Ouvir o seu falar e o que há-de
Dizer-me, puder eu contar-lhe,
Senão ao colo desta figueira grande…
Grande.


Joel Matos (07/2017)
http://joel-matos.blogspot.com

1 comentário:

Fernando Absalão Chaúque disse...

Um texto muito delicioso.
Parabéns!


tenacidadedaspalavras.blogspot.com

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