Homem
anão.
Quantos
Himalaias, quantos esconsos penedos
Deixámos
de subir por faltar em nossas veias
As reais,
paredes, alicerces e sem aparente razão
Ou medo
das ameias, quando os penedos
Escuros,
escudos nossos são, varas verdes
Sem jeito
nem nosso respeito plo que as costas
Da
natureza sente nas crostas e charcas
Mas
consente não, consente não,
Quantas
propostas e sermões damos a peixes,
E daremos
em vão, sem nós mesmos neles crermos,
Quanto da
nossa clarividência negamos
No nosso
desassossego de cidade intencional,
Quantos
dias temos em que o desapego vivemos não
Ou mais ou
menos inconscientes, bêbados,
Quantos
dias de comprimento tem uma vagem, parecidos sois
Mas
superiores a mim, todos servindo de
pouco a quem não,
Quantos
dias a menos tem um ano, de esperança em renascermos,
Quantas
memorias do que fomos em criança e dos brinquedos,
Quando se
está velho e "de parte",
Quanto
somos? porque noutra parte de nós mesmos,
Menos
tempo para o que fomos temos, neste coração
Sem dia,
sem ano, nem termo,
Quantos
dias a menos tem o ano dum crente, ateu
Velho,
inadaptável, indesejável sem aptidão,
Na
pseudo-alma das memórias deslembradas,
Que os
velhos têm, sem não...sem não,
Nós somos
o artifício e artífices de nós,
Quer
façamos castelos nas nuvens,
Ou
guardemos dragões nas nossas caves,
Quer
castremos eunucos, pela voz,
"D. Juans"
em lenços de linho fino,
Homens
palha, ninfas do Danúbio, Homem puro,
Homem
Dúvida, bezerro d'ouro,
Homem de
latão, Idolatra,
Divisão
(não apenas semântica),
Mais
parece falta de chão,
Séptico,
sem paixão, assintomático,
Que Homem
estes são? ..Homens não,
Homem anão
http://namastibetpoems.blogspot.com
Joel Matos
(09/04/2015)