segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Quanto do malho é aço...





Quando o malho é aço e cinza
Mais me dedico ao azul tinta,
Eu feiticeiro de maré farsa, se
Neste mar torácico incenso ateio,

Quando o mais é cinza e aço tinto
Mais disfarço na maldita escrita
A taça e o desejo da maré venha,
Quase um quarto do mar é manso

Dele sofro, quando o mais é aço 
E mais faço da escrita palha feno
E desejo a mar e cheia, a chama
E faço de conta ser sósia, visto

De fato impresso, cinza comum
Com a janela de baixo, cerrada
Quando o mais é aço e ferro em V
Mais evitável me sinto, acabado 

E concluído, falso evidente
E tosco como ranço pegado
Ao fundo de garrafa de azeite
Velha vazia, vasilhame, vaso

Quando para os demais é exacto
E fácil, para mim é intáctil e falácia
Trapo, troco do barbeiro-do-fio-de-corte...




Joel Matos (26/08/2015)
http://joel-matos.blogspot.com





Carpe Diem
Há pessoas da constituição do linho
Pessoas estandartes pessoas bonitas,lindas
Nas arestas outras de dentro, há pessoas
De ficção mas eu sou das de ângulos iguais

Rectos, um funâmbulo da compreensão 
Criei-me entre o abismo e a sensação 
De queda, num espaço fixo, opressor...
Há pessoas da constituição do tecido

Que nos tocam suavemente como seda
Absurdo é eu continuar vazio de formas
E cheio do nada sentir que consinto
E conservo nem sei eu porquê ou como

J.S.


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