Quero que, cada desejo meu,
Tenha aviso de despejo,
Já que minha alma cheia, encheu
De mil batalhas, todas sem despojo…
Não sei fazer mais nada,
Senão celebrar o que não persigo e não digo,
As conquistas são o sermão e a soda
Sarcástica, por qual rojo e me esfrego,
Detestasse eu a ferrugem,
E seria um prego de ferradura,
Apodrecido num chão de forragem,
Numa estalagem d’outra terra…
Um desejo que ainda perdura
Dela, são das tabuas, o rangedo,
Assim minha poeira pousa, afora
Do contexto mais desconfigurado,
Que o meu ensejo tem,
Hóspede de nenhum lado,
Vago e magro, sem vintém…
Porém ouço-me seduzido…
Viro-me mas não sou eu
Com quem almoço, mas o nojo
Que minha escrita fede a meu.
Quero que, por cada desejo
Despedido outro seja réu,
Talvez o de pompa, porque não?
Se todo o meu instinto se perdeu
No ânus de um cão…
Joel Matos (02/2013)
http://namastibetpoems.blogspot.com