Albert Gleizes, 1910, La Femme aux Phlox (Woman with Phlox)
Sem casas não haveriam ruas,
Sem oeste não haveria ocidente,
Tal como a pegada para o rasto,
O analgésico x para dor de dentes,
Enigma sem mistério, estima
Sem objecto, ponte sem projecto,
Mulher nua que não atraia desejo,
Tal como a ruga é para o rosto,
O desejo e a paixão caminham lado-
A-lado, se movem como o destino de
Ciro-O Grande ao unir a Pérsia ao Indo,
Emocionava-o a conquista, ai de mim
Que sonho a lua e não sei sonhar
Desperto, a rua não é meu tecto,
Ocidente pra mim é no leste, o rasto
Que deixo não sei se existe e a dor
Postiça em mim, os dentes e o sorrir
De tudo que na vida me foge como
Casa que rui ao esforço mais leve,
Apesar de meu ego montar o elefante
Dum rei fingido continuo sendo o
Paradoxo de Zenão ao cubo na
Mitologia de Khrónos e as ruínas de
Micenas mil anos antes do templo
De knossos homérico, um Prestes-João
Arquitecto ...
Joel Matos (05/2018)
http://joel-matos.blogspot.com
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