quarta-feira, 23 de maio de 2018

Sem casas não haveriam ruas ...






Albert Gleizes, 1910, La Femme aux Phlox (Woman with Phlox) 





Sem casas não haveriam ruas, 
Sem oeste não haveria ocidente,
Tal como a pegada para o rasto,
O analgésico x para dor de dentes,

Enigma sem mistério, estima 
Sem objecto, ponte sem projecto,
Mulher nua que não atraia desejo,
Tal como a ruga é para o rosto,

O desejo e a paixão caminham lado-
A-lado, se movem como o destino de
Ciro-O Grande ao unir a Pérsia ao Indo,
Emocionava-o a conquista, ai de mim

Que sonho a lua e não sei sonhar
Desperto, a rua não é meu tecto, 
Ocidente pra mim é no leste, o rasto
Que deixo não sei se existe e a dor

Postiça em mim, os dentes e o sorrir
De tudo que na vida me foge como
Casa que rui ao esforço mais leve,
Apesar de meu ego montar o elefante

Dum rei fingido continuo sendo o
Paradoxo de Zenão ao cubo na
Mitologia de Khrónos e as ruínas de 
Micenas mil anos antes do templo 

De knossos homérico, um Prestes-João
Arquitecto ...













Joel Matos (05/2018)
















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