Dobrando a ombreira calada,
Onde tudo se passou, ou quase nada
E se pressente p’ra lá da paulatina
Ceia, a tal nota duma gasta máquina
De cortar cabelo, já cansada,
Mas o tempo, aqui ainda não parou,
(continuará a caminhada “ad eternum”)
E amanhã serei eu que com ele também me vou…
Ah, que Saudades já tenho do velho vinho,
Aquele que se derramava por gosto,
E ardia…ardia com’o calor d’agosto,
No rosto e no seu jeito a rapazinho velho.
Parece q’ ninguém aqui passou por mim,
E s’acaso estiver fazendo eu algo aqui,
Sei q’m’entende (ele sabe entender tudo,)
Se estiver falando, falarei com ele ,d’quando
(en’quando.)
Ele me conseguia ainda ouvir e ver,
Agora não passo de um fumo surdo, no fundo
Falo pouco, continuo ausentado, a semiviver
No Triunfo do tempo promulgado.
(depois adormeço e volto já manhã ou na seguinte data (--/--/----)
Espero ter sempre o meu pai aqui ao lado,
Ainda por muitos e muitos Natais.
Joel Matos (01/2011)
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