Pois que vida não tem alma
Ponho termo à vida eu mesmo
Pois que vida não tem alma
Nem vida própria, guelra.
É definição de mentira toda ela
Mesmo finda se julga perfeita,
Ponho termo à vida, meia noite a cinco
Deste mês, sem procurar renuncia,
Causa ou motivo, segunda opinião
Nunca, jamais obterei na morte
Compreensão sentido pro que fiz
Ou pro que faço à vida sem ou
Que nem foi, se conclui apenas
Plo fascínio que tem a morte.
Belo é o esquecimento, desolado
O sono a sombra e o sopro breve
Que deu ideia eu estar vivo
Estando morto pra vida assim
Como que sem fôlego pra respirar
Uma e outra vez tentando conter
O mau hálito, o odor a putrefato,
Juntei o inútil e o desagradável,
Numa circunferência quase perfeita,
Como bom artista que se preza,
Sendo apenas eu quem se pensa
Atleta, eu apenas que, do balcão
“Se-dá-vivas”, a ele próprio na pista,
Pondo fim à vida na lama da estrada,
No portão, na entrada do estádio …
Joel Matos 22 Janeiro de 20/25
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