quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Insha’Allah




 Insha’Allah

Sinto falta de me insurgir,
Da Intifada, da porrada
Do tudo ou nada, da pedrada,
Do sangue quente, da paliçada

Sinto falta do Maio 13, da M14,
Dos paranoicos raciocínios,
Dos encontros secretos
Em Marraquexe ou seria

Casa Blanca, chuva fria
Gabardine e Ingrid Bogart,
Da Primavera de 68 barricado,
Do sangue quente brotando, de facto

Como fossem santas fontes,
Sinto falta do mudar do vento,
Pro outro lado menor, mais lunar
Que este, me rasgo, por vezes

Me fendo ao meio, em forma
Exacta de granada, morteiro meia
Lua, não me rendo a opiniões
Mal paridas, nem haverá bala

Que me seja estranha e f’rida
Não temo, nem tremo perante a morte
D’Cristo, sei de que matéria é feito
O garrote, Pátria ou Morte

Jurarei, juro que já não me calo,
Perante o rescaldo de Ramallah,
Insurreição armada, amanhã é hoje
Palestina livre grita, Insha’Allah,

Insha’Allah, …

Joel Matos (Outubro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

1 comentário:

namastibet disse...

Sonhei-me, contudo, o sonho foi diverso do meu sonhado,
Sinto-me de facto no que me faça sem que faça distinção
Eu entre sucesso e/ou fracasso, (desejo pretensão-escolhos)
Escolhas são suposições de terceiros, olhares não são gestos,

Sonhei-me de facto sentado no destino embora no destino
Errado em que me encontrei sonhando-me tudo e um mundo
Natural e belo. Sossego, íntimo da morte, exílio aquilo de ficar
Citando a propósito do propósito mais disparatado, absurdo

Tanto quando eu em relação ao meu fuso, pequeno feio
Matreiro, confuso até para um altar alheio ou sem deuses
Desses que existem para ser perfeitos não tanto quanto eu,
Sonho de olhos semicerrados ao presente embora não me

Esquive a ver o negro da pupila do olho, negra quanto um
Intuito apagado uma egrégora Grega, salobra saloia,
Impertinente é como me posso descrever assim como
Num sentimento que suscita misericórdia e/ou compaixão,

Sonhei-me, contudo, qualquer coisa outra no passado, coisa
Que não levo nem me leva, indulta de todos os sonhos que
Tive, todos fendidos, falhados quanto demónios nascidos
No ventre dum falso pároco. sou, sendo um dos pequenos

Entre os pequenos que faliram por sobreviverem sem vida
Sonhos diversos dos que têm vida ativa, sou cativo/incapaz,
Miserável/maldito, tudo junto, tal qual fenómeno adverso,
Professo e assumo a regência do fracasso. Contra qualquer

Opinião vigente/Vincenda ou por mim mesmo consentida,
Sou sequência da banalidade/inoperância, parca vontade,
Procrastinação infinita perante o pó inerte em que me vicio
E concluo chamando-lhe faculdade, diletante/delirante/delírio …

Pra lá do crepúsculo

Pra lá do crepúsculo Deixei de ser aquele que esperava, Pra ser outro’quele que s’perando Em espera se converteu, alternando Despojo com eng...