Como explicar na poesia que faço,
O tempo que faz agora e da morte,
Se a arte de o fazer não é minha,
E lá fora manda o tempo que faz,
O tempo que faz agora e da morte,
Se a arte de o fazer não é minha,
E lá fora manda o tempo que faz,
Se o que faço eu é chorar rios de
Chuva quente, menor que arte é fazer
Do tempo, enfim que ri, chora, venta
E ameaça chuva, treme de frio, molha,
Chuva quente, menor que arte é fazer
Do tempo, enfim que ri, chora, venta
E ameaça chuva, treme de frio, molha,
Bastando querer eu, estando descalço
Como a terra me quer nela, morto frio,
E nela me incluir, unir-me ao carvalho
E ao cheiro do estio molhado, amo
Como a terra me quer nela, morto frio,
E nela me incluir, unir-me ao carvalho
E ao cheiro do estio molhado, amo
Como ao tempo que faz do Norte chover
chuva forte, Como terra me quero, baixo
E estranho funcho, chã gramínea me faço,
Perfeita alucinação do espaço próximo, cujo
chuva forte, Como terra me quero, baixo
E estranho funcho, chã gramínea me faço,
Perfeita alucinação do espaço próximo, cujo
Como terra me quer, ritual e descalço,
Maior que a arte é fazer do tempo uma
Expressão excessiva, sensual quanto
A vida, invocando as horas que morro,
Maior que a arte é fazer do tempo uma
Expressão excessiva, sensual quanto
A vida, invocando as horas que morro,
Explicando ao inevitável, o perdido,
Acho eu !…
Acho eu !…
Joel Matos 04/2019
Http://joel-matos.blogspot.com
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