Chegado no dia da bastilha,
Alvejado, O Demónio cede,
Rachado na hora, O parido
Torna-se no arco que já treme.
Olhos nos olhos fito a fera,
Avanço com a mão em riste,
Só ofuscante luar encaro,
Manchada a meu sangue quente.
Não passo de mais um reles
Conspirante acossado, traído,
Simples tumulo no meio deles,
Desterrados dos barcos sem mito,
Sem leme, sem mastro e sem quilha,
Rasgando as infectas feridas,
Num mar desfeito destas lágrimas,
Sem ida, nem fundo nem partilha.
Joel Matos
http://joel-matos.blogspot.com
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