Nada digas do Ivan,
Que seja Terrível,
Porque da fé se fez
Afã e na fome a
miséria,
-E interditos todos
nós-
Nada digas, nem te
tentes
Do divã leito
debruçar,
Porque alegria é sã,
E dormir um sexto
disso,
-acredita em todos,
não em mim-
Pra nada fazer bem,
Por defeito ou
teimosia,
Eu sou o que de mim
faço,
Nada digas de infame,
-Mesmo que espelhos tu
vistas-
O nosso terraço,
Tem fissuras e as
telhas
Positivas são poucas,
Temem o musgo que
cresce,
Todas as estações do
ano,
Mais, quando o inverno
É Imprevisível e
triste.
Nada digas do Inferno,
Se nem Dante o viu,
nem o verbo,
O fim do mundo é uma
auto-pista,
Que em excesso de
velocidade,
Apenas se sente,
Do coração, na boca o
dentro,
Nada digas do Ivan,
Que seja terrível,
Ou em vão
Sempre é pior,
O que pode vir a ser
ou aí vem,
Acreditam os tolos,
E penso eu que não,
sim...
(Eu também)
Joel Matos (02/2015)
http://joel-matos.blogspot.com