Quanto mais em nuvens me faço,
Menos me vêm, poucos me guardam
Pois o meu destino é desaparecer cedo,
Antes de chegar ao chão, é o destino
Quando das nuvens faço choro
E o que antes de sê-las sentia sendo
Nostalgia vinda dos céus do sol-pôr,
Muito menos o vêm por não se sentirem
Nuvem como eu já fui depois de voar
No céu e afundar no mar na lua-
Cheia a minha inglória nuvem branca
E a memória que perdi de ser veleiro,
Quando mais no céu me desfaço
Em nuvens de chuva mais tento
Chegar às raízes vossas nesse chão
De terra seca e rocha pedra preta,
Quanto mais nuvem mais sinto o céu
E o vento saberem por certo
Ter eu outro destino que não chuva
Mas aurora boreal ou névoa breve
Num deserto de manhã e seda ...
Joel Matos (09/2016 )
http://joel-matos.blogspot.com
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