Não sei se “m’apresto”
ou se m’avenço,
Nem sei que préstimo tenciona
O dom me emprestar
nesta Terra...
Nem o que ela me cobra
por ser
Vivo ancião-penso só
no presente,
Porquanto no contrário
ateimo,
Se viver no passado
dispenso
O agora e só, quadrado
compacto,
Mas não separo os dois
deste lego,
Por temor um ao outro,
por bom senso
Ou pelo receio que
infecundo é
Seguir no futuro trem
astral e atrasado
Demais pra curva-atada
dupla,
Da Terra turba e eu
nela aposte
E apenas nela, da
margem noja,
Low-cost ou Prada
céu-da-boca, (sei lá),
Sem que eu a ela
acresça, em cena
Agora:- A minha
aparente conquista,
Desta feira-d’aluguer
e eu, louco-d‘aldeia,
Que se chama
Terra-minha-acanhada,
-Não sei, ao menos, se
me apregoaram
Devidamente à entrada
em palco,
Mas ouso enfrentar-vos
aos dois,
Passado e futuro, num
só tempo,
Em via de ferro dupla
e curva,
Sendo eminente, a
catarse dum
Espírito meu,
obediente sub-fogo-fátuo,
Não crendo seu supra-préstimo,
De vidente de feira da
ladra,
Sem pago de mestre nem
mester,
Pago por medalha grega
d’vintém
Ou magro ornato de
oiro pálido.
Joel Matos (11/2014)
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