Entropia, desordem e denúncia,
-Deixa que me roa nas
entranhas,
A inveja e o meu nariz falhado, débil
Pode ser que a purga me alivie
Das fraudes e da raça doutrem
E o meu corpo depois lavrado de ódio
P’la lama p’la imundice, javardo
Armado p’la cobiça, procrie
Coisas belas que estas não, estas não…
Telas falsas que se leem e consomem ocasionais
Como sandes em janelas frias em renúncias
-Deixa-me fechar nos
olhos, o estar bem
E o falso bom agrado de doentias
Falácias crápulas trajadas de besta,
A morrer ao lado desta mesa
Falida do meio dia ás treze...desassossego!
-Deixa-me na soleira do
fundo
Na paragem nua da rocha e da lua
- Deixa-me berrar Confúcio, Alláh…
Ralhar às hostes de Barrabás e nas talas
Do carpinteiro mas atrás do destino justo
-Juro, confuso… mas juro
- hei-de riscar
Os muros das casas, os tramos e estremas
Que separam essas, destas febris entranhas,
JURO...
Joel Matos (02/2014)
http://namastibetpoems.blogspot.com
4 comentários:
não conto no Outono com as cheias
porque que haveria de contar
se no Inverno de noites frias
ouço contos de encantar
e nas minhas veias correm fios de mar
e nadam sereias
O veneno da raiva, do ciúme, não encantam,
nem tampouco são, canto de sereias.
Entorna o mel, Joel.
Eu, cá,
velha senhora,
velo e velo
sem velar nada,
como sempre,
transparente,
dando um tiro
no meu próprio pé.
Jorge,
Espero que também não estejas de férias.
Aguardo tua visita.
Meu boa noite virtual.
Tenho um penedo em lugar de peito
E talvez nada tenha em volta dele
Que não seja este nó-de-cego
E tanto medo da corda não se partir
Tempo tempo tempo.
Tem a água também. A doçura sem forma.
Nós, poetas, somos complicados.
No fundo, só queremos um cafuné gostoso do ser amado e ver um filme na TV.
Beijo.
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