quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

E já nem certo sou... do meu pensamento


E já nem certo
É, o que inconsciente, eu vejo
Quanto mais o visível,
Se o nem conheço,

E se o avistasse,
Não poderia falar
Dele, esse elucido e vão
Dom, quem sabe todavia,

Se o dou, por não me pertencer,
Se o possuo, mas sem saber,
Ou se o tenho e não o entendo
E se o reconheço em mim, não o tendo.

Penso que, assim inconsciente,
Não o esquecerei, se nem o avisto
Tampouco e se me demoro a pensar
Que o mereço... nem o escuto,

Ou o que ele diz, e bem
E eu mal julgo ouvir,
Mas apenas se me convém,
E se não for muito profundo.

O pensamento…
Por um momento escuto-o,
Mas resisto, a ir
Na corrente

D’água viva,
Debato-me na razão,  
Entre o que é o eu,
Do quem eu sou,

E do que é o nada,

Se pudesse,
Seria apenas,
Como outros o são,
Pensando menos,

Em vão…

Joel Matos (2012/12)

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