Aqui
estou, sossegado, escondido,
Longe da
vista e dos mistérios
Do existir,
de tudo, do mundo.
Aqui
estou, sem me fazer notar muito
Nos meus
gestos duplicados.
Supondo
ter sido tudo dito,
De
quando enquanto fecho os olhos
E é num
sonho branco que admito
Coabitar
sozinho com a eternidade.
Neste
inexplicável casulo,
Quase um
Confessionário de padre,
Num sossego
nulo…
(O resto do monólogo... não irias entende-lo
Nem te servirei
eu de consolo ou conselho)
Afinal nada
de novo acontece neste mundo velho,
Eu continuo
oculto, morando frente ao espelho.
Joel
matos (12/2011)
2 comentários:
Só podem ser tréguas d' arcanjos
As q'ouço e com as quais m’embalo
Mas tem cuidado
Pois faço do meu ralho profissão
E do lado maldito
Coabito com “o Demo”, desterrado; um sem-abrigo,
Varados por visões de pragas e pregos
Com as minhas almas gémeas …com os meus caretos
Se ao menos escrevesse versos pequenos
E claros
De espécies normais e menos secos
Não passaria por doido
Varrido…só podem ser tréguas
D’algum Anjo que viu o outro lado…enfim…
Só podem…
Jorge, poeta e amigo querido (de longa data)
feliz demais por deixar um pouco de sua poesia "guardada" aqui conosco.
És brilhante, poeta!
Abraço carinhoso.... Tânia
(obrigado Tânia)
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