sábado, 31 de dezembro de 2011

O resto do monólogo... não irias entende-lo


Aqui estou, sossegado, escondido,
Longe da vista e dos mistérios
Do existir, de tudo, do mundo.
Aqui estou, sem me fazer notar muito

Nos meus gestos duplicados.
Supondo ter sido tudo dito,
De quando enquanto fecho os olhos
E é num sonho branco que admito

Coabitar sozinho com a eternidade.
Neste inexplicável casulo,
Quase um Confessionário de padre,
Num sossego nulo…

 (O resto do monólogo... não irias entende-lo
Nem te servirei eu de consolo ou conselho)
Afinal nada de novo acontece neste mundo velho,
Eu continuo oculto, morando frente ao espelho.

Joel matos (12/2011)

2 comentários:

namastibet disse...

Só podem ser tréguas d' arcanjos
As q'ouço e com as quais m’embalo
Mas tem cuidado
Pois faço do meu ralho profissão
E do lado maldito
Coabito com “o Demo”, desterrado; um sem-abrigo,
Varados por visões de pragas e pregos
Com as minhas almas gémeas …com os meus caretos

Se ao menos escrevesse versos pequenos
E claros
De espécies normais e menos secos
Não passaria por doido
Varrido…só podem ser tréguas
D’algum Anjo que viu o outro lado…enfim…

Só podem…

Anónimo disse...

Jorge, poeta e amigo querido (de longa data)

feliz demais por deixar um pouco de sua poesia "guardada" aqui conosco.

És brilhante, poeta!

Abraço carinhoso.... Tânia

(obrigado Tânia)

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