terça-feira, 26 de maio de 2009

Secreto Degredo




Chegado no dia da bastilha,
Alvejado, O Demónio cede,
Rachado na hora, O parido
Torna-se no arco que já treme.

Olhos nos olhos fito a fera,
Avanço com a mão em riste,
Só ofuscante luar encaro,
Manchada a meu sangue quente.

Não passo de mais um reles
Conspirante acossado, traído,
Simples tumulo no meio deles,
Desterrados dos barcos sem mito,

Sem leme, sem mastro e sem quilha,
Rasgando as infectas feridas,
Num mar desfeito destas lágrimas,
Sem ida, nem fundo nem partilha.













Joel Matos














http://joel-matos.blogspot.com

Sem comentários:

Pra lá do crepúsculo

Pra lá do crepúsculo Deixei de ser aquele que esperava, Pra ser outro’quele que s’perando Em espera se converteu, alternando Despojo com eng...