quinta-feira, 28 de maio de 2009

Memorar de Aflhitos.




Hereges Hirtos,


Clamores de probos cita,
Brada nos Claustros,aflita.
Por Hiatos vagos…vagos,
Ecoa penhores Hirtos,
Entoa Memorar de Aflhitos.

Joel Matos

quem sou...não sei




"No meu próprio caminho me atravesso" ...
já não sei d'onde'estou...
e quem sou,muito menos,
Joel Matos...não, não é aqui que pertenço,
vejam prá'í fora, se'tou...se vou,
por'd'onde pertenço
ou se d'onde pertenço, sou…

Joel matos (por ele próprio)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Um olhar do Lado Escuro e Calado...



Olhar do Lado escuro e Calado


Modigliani, Pobre Modigliani,
Também tu te sentes nos lados escuros.
Bem tento, … todas as dores já misturei,
Sim, … Já demos fortes cornadas nos curros,
Pincelamos as canções que já chorei
Não mereço já a terra dos sonhos,
Já Que minha já é…, só por testamentos
Agora e Ate ao dia do final juízo
(pois se) …
Nem o espaço que ocupo por momentos
Me pertence, … descansa no paraíso
Modigliani ….Finalmente.




De Teu amigo do fundo,… Joel Matos.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Secreto Degredo




Chegado no dia da bastilha,
Alvejado, O Demónio cede,
Rachado na hora, O parido
Torna-se no arco que já treme.

Olhos nos olhos fito a fera,
Avanço com a mão em riste,
Só ofuscante luar encaro,
Manchada a meu sangue quente.

Não passo de mais um reles
Conspirante acossado, traído,
Simples tumulo no meio deles,
Desterrados dos barcos sem mito,

Sem leme, sem mastro e sem quilha,
Rasgando as infectas feridas,
Num mar desfeito destas lágrimas,
Sem ida, nem fundo nem partilha.













Joel Matos














http://joel-matos.blogspot.com

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Seda Negra




Negra Senda


Lanugens de jovem alfombram cadências de pele acastanhada e levemente rosada, evolucionam gradualmente e finalizam em deleitosos montículos ,que se elevam tesos em amendoim tostado. Melindrados, permitem-se intumescer do toque subtil dos lábios. Pelo menos na febril imaginação de Joel repassava esse sentimento.
Procedendo da elegante linha ,formam delta bem negro, num profundo , algo intangível lago de onde se ausentam longas pernas em seda negra luzente.
Toda uma elegia voluptuosa enquadra o delta, onde um vórtice umbilical se espraia em harmonioso declive.
Deslumbra-o o corpo posado da modelo e deixa se voar num cosmos paralelo de culpas e musas, negras sendas e encarnações de jovem.
Aqui e além surge já uma penugem mais densa, estende-se progressivamente ao fundo do lago e outra linha labial carnuda assoma debaixo, ladeia e distingue-se suavemente de um montículo rígido ,mais claro que o culmina.
Em cada evolução gestual sente-se equilíbrio , o corpo desfila num sem fim sensual de ténues curvas magnificamente produzidas em tons de seda prata.
Longos fios, como cascatas em torvelinho ladeiam um rosto discreto de voracidade branda.
Sons macios a seda e cetim dispersam-se pelo silencioso ambiente ao menor movimento.
O Colo elevado e levemente inclinado ,permite que a catarata de cabelo repouse sobre um dorso modelado e enlaçe com as nádegas fixas do corpo negro e delgado da modelo.


Do lado mudo do quarto Joel extasia-se sem palavras.
Nascido ataviado em noite de agonia, sem guerra e gloria  Joel Matos.
Hei-o

domingo, 24 de maio de 2009

Pra lá do crepúsculo

Pra lá do crepúsculo Deixei de ser aquele que esperava, Pra ser outro’quele que s’perando Em espera se converteu, alternando Despojo com eng...